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sábado, 30 de março de 2013

A VELHA HISTÓRIA SE REPETE

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No final dos anos 90 Foi solicitada a presença do INCRA, para amenizar a problemática da instalação da Base Espacial no município de Alcântara. Uma das opções do INCRA foi desapropriar duas áreas (Bituba e União Portugal), com uma área de 6,11 mil hectares. Com a desapropriação das duas áreas, foi assinado um convênio com a Prefeitura municipal, no valor de R$ 414,360,00 (quatrocentos e catorze mil trezentos e sessenta reais), para obras de infraestrutura.
Outra opção foi reconhecer as agrovilas como projeto de assentamento. Isto permitiu que os reassentados tivessem acesso ao crédito do Procera. Foram aprovados nove projetos para nove associações. (Fonte: Relatório do Seminário “Alcântara: A Base Espacial e os Impasses Sociais”).
Desde a o início da implantação do projeto aeroespacial foram feitos investimentos altos no município, sem o devido resultado econômico. O acordo com o acompanhamento técnico não foi cumprido. Quando acontecia, não atendia as necessidades.
Atualmente com o novo projeto consorciado com a Ucrânia, ACS (Alcântara Cyclone Space), vieram ainda mais problemas para a população de Alcântara: aumento da prostituição e da gravidez na adolescência, aumento na venda e consumo de substâncias nocivas à saúde como o CRACK e outros mais, em razão da presença de firmas que prestam serviços para a Base Espacial.
No último dia 21/03 foi armado uma tenda na Praça da Matriz para a realização e apresentação do novo projeto “salvador” para o município de Alcântara (COMIDA NA MESA) do Governo Federal, onde serão investidos 2.800,000 00 (dois milhões e oitocentos mil reais). Presentes na recepção o Governador do Estado em exercício, Washington Luis, representantes de instituições federais, representante do CLA, Deputados, partidários políticos, vereadores, representantes comunitários, prefeito do município, secretários municipais, mídia da capital e outros mais.
Agora se fizermos um breve histórico dos investimentos feitos pelo Governo Federal nos últimos tempos no município de Alcântara na tentativa de melhorar a qualidade de vida da população, podemos afirmar que essa história é velha, e já conhecemos o resultado. 
A grande prova do descaso e mau uso do dinheiro público é a perda total da quadra poliesportiva da comunidade de Peru, construída e inaugurada no ano passado com verba Federal. Sorte, que no momento do desabamento (por volta das 3 horas da madrugada do dia 06/03), não havia ninguém no local e o prejuízo foi só material.
O Governo Federal deveria procurar outro caminho para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município (segundo o último senso do IBGE – Alcântara é o 27º município brasileiro com o mais baixo IDH). São suicidas os investimentos em uma sociedade cujas modalidades produtivas estão desaparecendo. É hora de investir na construção de cidadãos através de uma educação capaz de ensinar a ler o mundo de forma cidadã, ou seja, capaz de criar jovens com mentalidade crítica, questionadora, desajustadora da inércia na qual as pessoas vivem. Desajustadora da acomodação na riqueza e da resignação na pobreza; uma educação que renove a cultura política para que a sociedade não busquem “salvadores”, mas gere formas de convívio e respeito para com as regras do jogo da cidadania, desde as leis de trânsito até o pagamento de impostos.

EDUCAR PARA DESENVOLVER SUJEITOS AUTÔNOMOS.

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