ALGUSTO OLÍMPIO GOMES DE CASTRO
Nasceu em Alcântara, cidade do Estado do maranhão, aos 7 de novembro de 1836, tendo sido seus pais, Januário Gomes de Castro e Ana Francisca Gomes de Castro. Feito os estudos primários, na sua cidade Natal, viajou Gomes de Castro, em 1853 para São Luis, matriculou-se no Liceu e, em 1856, concluiu o curso de Humanidades. Nascido na obscuridade, apesar de nobre de origem, teve Gomes de Castro para completar seus estudos secundários, de apelar para o emprego público.
Em 1857, matricula-se na Faculdade de Direito em Recife, onde se diplomou em 1861, depois de um curso brilhante e uma conduta acadêmica exemplar. Volta a Alcântara a 6 de março de 1862, sendo nomeado promotor público da Comarca de Alcântara, pelo Governador Antônio Manuel Campos Melo.
Foi demitido em 1864, pela imposição política da época, é que Gomes de Castro já militava no Partido Conservador, tendo o mesmo desposado a Srª Ana Rosa Viveiros de Castro, filha do Barão de São Bento, chefe daquele partido na província.
Deixa a magistratura em virtude de sua exoneração e envereda-se pelo jornalismo, pela advocacia e pela política.
Ficou à frente dos jornais A SITUAÇÃO, 1864/1868, dirigindo O TEMPO 1878/1881, e depois O PAÍS, de 1882/1888.
Na política, figura o nome de Gomes de Castro pela primeira vez, em 1862, como deputado à Assembleia Legislativa Provinciana, mas, somente a partir de 1868 é que se torna acentuado nas fileiras do partido Conservador, que o elege deputado à Assembleia Geral Legislativa em 1867.
Gomes de Castro, baixo, recatado, um dos olhos defeituosos, mas de um talento fora do comum todas as vezes que falava, empolgava o ânimo dos espectadores arrancava aplausos e comentários. Borbulhavam-lhe as frases dos lábios como de inesgotável manancial. Quase não fazia pausas, não lia, não compulsava apontamentos, não bebia água. Prolongava-se difuso no discurso, ora fervilhando, ora remoinhando. Consistia a postura predileta do orador em colocar a mão esquerda nas costas, gesticulando acentuadamente com a destra. Dicção cadenciada, pureza na articulação, possuindo do assunto, conseguindo, por isso, comover os ouvintes. Foi convidado muitas vezes para exercer altos cargos, mas, declinava sempre de tais honras, indicando ora um, ora outro colega, para alta posição política. Gomes de Castro faleceu a 31 de janeiro de 1909, na Capital da República.