Alcântara, 365 anos - aspectos históricos O município de Alcântara é o segundo município mais antigo do litoral ocidental do Estado do Maranhão. Foi fundado em 22 de dezembro de 1648, precedendo a cidade de São Luis, capital do Estado. Em sua trajetória histórica, registra-se a sua evolução urbana, partindo de aldeia, capitania, freguesia, vila, cidade, além de Termo e Comarca. Os índios foram os primeiros habitantes do município, e dentre as aldeias espalhadas pelas florestas, destacava-se a de Tapuitapera, isto é, terra ou residência de tapuios ou cabelos compridos, considerados a mais importante aldeia dos índios Tupinambás, distribuídos em aglomerado de 12 a 20 aldeias, com uma população total de 8.000 habitantes. Em 1621, Alcântara passa a fazer parte da Capitania de Cumã, ainda com o nome de Tapuitapera, aldeia mais desenvolvida, tendo inclusive um governo especial, para a qual foi escolhido o Capitão Matias de Albuquerque. Em 1648ª Aldeia foi elevada à categoria de Vila com o nome de Santo Antônio de Alcântara, tendo como padroeiro São Matias. Na época já considerada o celeiro do Maranhão, em razão da grande produção de algodão, arroz, milho, farinha de mandioca, cana de açúcar e criação de gado. Alcântara prosperou de forma rápida em todos os setores, tornando-se um importante ponto de encontro das comunicações da capital (Sã Luis) com Belém, com a Baixada e com o Sertão Maranhense. A cultura algodoeira passa a ter importância no mercado europeu e Alcântara começa a exportar o algodão para a Inglaterra. Neste período, a Vila de Alcântara adquire característica de corte. Os nobres passaram a residir na Vila, enquanto a burguesia, representada principalmente pelos comerciantes, fixou o domínio tanto residencial como comercial, em São Luis. A nobreza agrária da Vila passou a ostentar requintes da nobreza europeia, destacando-se nos parlamentos, nos salões e nas letras, cuja lembrança é reverenciada até hoje, na ruas enviesadas, nos casarões de azulejos, pedras de cantarias e grades de ferro, e nas festas folclóricas. A decadência econômica se evidencia com o fim da exportação do algodão do Maranhão para o mercado europeu, com a libertação dos escravos e com o deslocamento da produção maranhense do litoral para os vales dos Rios Itapecuru-Mearim, Mearim e Pindaré, fatores responsáveis pela estagnação econômica da Vila de Alcântara.
Em 22 de dezembro de 1948, precisamente na data do tricentenário de sua elevação à Vila, Alcântara é tombada como Cidade Histórica e Monumento Nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
No início dos anos 80 o Cetro de Lançamento de Alcântara (CLA), se instala em Alcântara, o qual integra a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), que por sua vez, faz parte do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Alcântara foi escolhida para receber o Centro de Lançamento em razão de sua privilegiada posição geográfica (entre as Baias de São Marcos e Cumã), permitindo um baixo custo de lançamento por sua proximidade do equador terrestre, suas boas condições metereológicas climáticas, que são regulares e satisfatórias condições de segurança.
Aspecto geográfico do município de Alcântara
Área: 1495,6 km²
Densidade demográfica: 14,2 hab/Km²
Altitude da sede: 32 m
Distancia à Capital: 18,3 Km
Ano de instalação: 1648
Microrregião: litoral ocidental maranhense
Mesorregião: Norte Maranhense
- pertence ao polígono da seca e ao Semi-Árido
Distritos: Alcântara e São João de Cortes
Municípios Limítrofes: Bacurituba, Bequimão, Guimarães, Peri Mirim e São Luis
Alcântara se encontra na Mesorregião do Norte Maranhense e particularmente na Microrregião do Litoral Ocidental Maranhense, “na qual ocupa o 3º lugar em extensão” (Cavalcante, 97:77). Encravada na Grande Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e nos limites da Amazônia Legal, Alcântara é rica em biodiversidade e recursos naturais.
Criado pela Lei nº 24, de 05/08/1836, o município em referência possui segundo o IBGE, uma área de 1.496,5 Km², o que corresponde a 0,45% da superfície estadual (333,365,6 Km². A este município pertencem a Ilha do Livramento, do Cajual e das Pacas.