A partir de 1985, maior liberdade de imprensa
facilitou o conhecimento de numerosas irregularidades na administração pública,
inclusive no Congresso Nacional.
O acompanhamento do noticiário pelos jornais,
revistas, rádios e emissoras de televisão dá uma imagem altamente negativa da
administração pública e dos políticos em geral. Habitualmente, o Executivo e o
Legislativo estão mais em evidência nesta publicidade negativa. Mas, o bom nome
do Poder Judiciário também tem sofrido arranhões.
É evidente que tais denuncias não contribuem
para a respeitabilidade dos atingidos. Estes costumam defender-se com desculpa
de que AS CRÍTICAS QUEREM APENAS DESMORALIZAR AS INSTITUIÇÕES E OS POLÍTICOS...
Na verdade, quem pratica as irregularidades ou deixa de puni-las quando deve
fazê-lo é que está desmoralizando as instituições, os políticos e os
governantes.
Em várias câmaras de vereadores, reduzindo à escala municipal, podemos
encontrar abusos semelhantes aos existentes no Congresso Nacional e nas Assembleias
legislativas. Infelizmente, não são raros os vereadores que fazem da
representação popular um negócio particular, fraudando os eleitores e
contribuintes.
Porém, em tempo mais recente, começam a aparecer reações populares a
estes desmandos. Diversas câmaras, sob pressão popular, têm sido obrigadas a
reformular decisões e corrigir abusos.
Também nos municípios,
políticos inescrupulosos e desonestos são eleitos ou nomeados para cargos
públicos, e passam a administrar como se fossem donos dos recursos públicos.
Para combater os abusos, nada melhor que a vigilância e a fiscalização constante
da comunidade sobre os governantes.
A constituição de
1988, em boa hora, reforçou os mecanismos de fiscalização financeira e
orçamentária em todos os níveis, particularmente no municipal. (Artigo 31 - §
1º, § 2º, § 3º e § 4º)
0 comentários:
Postar um comentário