SÉCULO XVIII –
TOMBAMENTO FEDERAL
ALCÂNTARA - MARANHÃO
Presentes em outras cidades históricas brasileiras, estas pequenas
capelas encontram-se distribuídas pela malha urbana, engastados entre os
sobrados, em função de sua utilização em procissões, especialmente a Paixão de
Cristo. Em Alcântara possuem arquitetura singela, com função simples,
limitando-se à cornija em arco pleno e coruchéus geometrizados.
Num total de cinco, segundo José Ribamar
Trovão, originam-se pela ação dos padres Jesuítas, ainda no séc. XVII, e cada
um dele representava a residência de um dos juízes do templo de Pilatos. Esta
motivação, entretanto, pode possuir variações, à exemplo de Bom Jesus de
Matosinhos (Congonhas, Minas Gerais), onde sabe-se que cada um dos sete passos
– um deles nunca construído – abriga uma das estações da Via Sacra, sendo elas:
Ceia, Horto, Prisão, Flagelação e coroação de espinhos, Calvário ou
Cruz-às-Costas e Crucificação. Sabe-se apenas que, em Alcântara, as procissões
partiam da Igreja do Desterro, que anteriormente também fora um dos passos,
seguindo para os demais.
Hoje estes oratórios urbanos permanecem todos
fechados e sem imagens. Neste contexto, sempre foi discutida uma intervenção de
forma que sua recuperação possa viabilizar sua reinserção à dinâmica da cidade.
Uma das propostas já levantadas consistia numa intervenção em cada uma das
capelas a ser feita por artistas
contemporâneos, retratando as motivações da Via Cruzis, devolvendo ao
conjunto às simbologias das manifestações sacras da Quaresma.
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