Na última sessão realizada pela Câmara de Vereadores do Município de Alcântara (quinta 22/05) antes do recesso decorrente das comemorações do Festejo do Divino, o Vereador Benedito Barbosa “BINÉ” do PDT ocupou a tribuna da casa por um longo tempo. Em seu pronunciamento o vereador cobrava de seus pares um maior empenho nas funções legislativas, diante da precária condição em que o município de Alcântara passa em todas as vertentes da administração pública municipal.
Benedito Barbosa começo enfatizando que fora um dos três vereadores que votaram contra o Projeto de Lei do Executivo (para ele imoral) que veio municipalizar a Previdência Social do Servidor Público Municipal. A forma que o Projeto foi apresentado para a apreciação da Casa, e o curto tempo para uma análise segura devido a sua relevante complexidade, associados ao descontentamento dos servidores municipais (desde o início os que souberam) “Ele” vêm discordando dessa municipalização previdenciária. Assim só poderia intitular esse Projeto de Lei de “PROJETO IMORAL.” Relembrou que “Ele” vereador Biné (PDT), vereador Ribinha (PTB) e o atual Líder de Governo na Câmara vereador João Ricardo PT (ausente nesta sessão 22/05) que não concordaram nem votaram esse projeto imoral. Disse ainda que as experiências desastrosas que estão passando a maioria dos municípios brasileiros que adotaram esse sistema de “Fundo de Previdência Particular”, onde o servidor público é quem paga as contas no final da HISTÓRIA que assim, não tem nada de NOVO. Antes de finalizar sua indignação da não revogação da Lei pelo Prefeito, informou aos presentes na galeria e aos demais vereadores que, a partir daquele momento, não ouviriam mais “ele” chamar o referido Projeto de imoral, mas sim, LEI DO CÃO.
Seguindo seu pronunciamento o vereado Biné chamou a atenção dos presentes para outro “problema” relevante para o desenvolvimento social do município: A MERENDA ESCOLAR (coco lanche), alunos da rede pública estão sendo tratados somente por números, e são jogados de um lado para outro sem receberem os direitos constitucionais básicos da educação. Prosseguindo o vereador disse que vários foram os pedidos de providências e cobranças levadas por “ele” à Casa Legislativa e ao Executivo para um esclarecimento sobre a firma responsável do fornecimento da merenda escolar das escolas do município, mas que até o atual momento não obtivera resposta alguma. Essa empresa vem distribuindo coco d’água em escolas, deixando subtendida alguma irregularidade nos trâmites licitatórios... Outro ponto que vem freando a educação de base do município e que precisa de uma medida urgente de solução é o transporte escolar terceirizado. Assim como a empresa fornecedora da merenda escolar, essa empresa de transporte escolar é desconhecida, e presta um péssimo serviço, pondo em risco a vida dos alunos usuários dos kalhambecks disponibilizados por essa empresa e já presenciou inúmeras situações que lhes respaldam em afirmar: NA EDUCAÇÃO, ALCÂNTARA VIVE A DEUS DARÁ!
A maioria das escolas na Zona Rural não teve um único dia de aula, e para os alunos não perderem o ano, estão precisando se deslocar para outros polos comunitários, sufocando outras escolas e correndo riscos de acidentes graves em decorrência da precária condição do transporte escolar. A consequência disso é o baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Município... O vereador criticou as péssimas condições de trafegabilidade das estradas vicinais do município. Devido ao descaso do poder público que se exime do dever de proporcionar condições de acessibilidade à população. Esses descasos estão deixando as comunidades da zona rural sitiadas, para melhor exemplificar ILHADAS! Finalizou afirmando que estará sempre cobrando os direitos do povo, pois não é funcionário público de governo, sim, do povo que o elegeu para representá-lo na esfera governamental da Democracia (O POVO NO PODER).
O SERAFIM entrevistou o vereador Biné, para que o mesmo pudesse esclarecer para a sociedade alcantarense “O POR QUE”? Ter aceitado a primeira liderança de governo da atual gestão, onde sete dos onze vereadores eleitos pertenciam à coligação do prefeito Domingos Araken (PT), e após a posse de todo o executivo já contava com o apoio de oito vereadores. Com sua ida para a liderança do governo o placar de 9x2 iria ser desfavorável para a oposição abrindo assim as portas para que aquela casa de discussões viesse a se tornar uma casa deliberativa do executivo – sem função legislativa.
Em suma: por que aceitou e por que saiu?
O VEREADOR BINÉ RESPONDEU AO SERAFIM:
O grupo que elegeu o prefeito Araken, é o mesmo grupo ao qual estivera durante toda sua vida política, que só esteve ausente no ultimo pleito municipal. Quanto aceitar ser o 1º líder de governo na Câmara o vereador explicou que o prefeito Arakem estava atrás de qualidade, pois não é qualquer um para representar o executivo na Câmara legislativa e que aceitou a missão mediante acordos firmados em benefício de sua comunidade Agrovila de Peru.
Deixou o cargo por não concordar com a forma em que o grupo gestor vem tratando o município, não poderia estar compactando ou defendendo esse estado de calamidade e abandono que Alcântara passa por falta de administração pública. Ao deixar a liderança do governo foi simplesmente para exercer sua função de vereador e poder legislar em benefício do povo
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