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sábado, 28 de setembro de 2013

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Professor Doutor em Paleontologia Manoel Alfredo Medeiros concedeu entrevista ao O SERAFIM, onde relatou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela UFMA através do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueológica do Maranhão.

O professor Manuel Alfredo Medeiros, Doutor em Paleontologia esteve em Alcântara para mais incursões com alunos do curso de Ciências Biológicas da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) em busca de novas áreas que possivelmente possam abrigar fósseis pré-históricos em nosso município.
Procurado pelo O SERAFIM na última quarta-feira (25), o professor falou a respeito do Projeto que tem como principal parceiro a FAPEMA e que vem desenvolvendo em várias regiões do Estado, onde Alcântara é um deles, por possuir na Ilha do Cajual, uma área com elevada concentração de fósseis por metro quadrado. Ela concentra mais fósseis de dinossauros por unidade de área do que qualquer outro afloramento do país.  E contém uma grande variedade de formas dinossaurianas, além de restos de peixes, crocodilos, quelônios, pterossauros e diferentes formas vegetais. Reúne uma mistura de fauna marinha e continental, documentando um paleoambiente típico costeiro.
Esse Projeto visa dar prosseguimento no levantamento e catalogação dos registros fósseis do Maranhão que já acontece há bastante tempo por estudiosos da área, assim como ele.
Relatou também que:
A Formação Alcântara, unidade litoestratigráfica predominante em exposição no litoral maranhense, contém a mais diversificada fauna de vertebrados fósseis conhecida do grupo Itapecuru.
É de idade Albiana-Eocenomaniana (Cretáceo Médio – entre 113 e 95 milhões de anos atrás) e é composta por um conjunto de arenitos estratificados, folhelhos sílticos, com a presença de lentes de calcário e eventuais conglomerados, estes formados por processos de tempestades de grande intensidade e, subordinariamente, correntes de maré em ambientes marinhos rasos transicionais.
Uma grande coleção de fósseis da Laje do Coringa e outros afloramentos da Formação Itapecuru da Ilha do Cajual estão depositados no museu da UFMA, em São Luís, outros, abrigados no Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão.
Os fósseis maranhenses ajudam a reforçar uma importante interpretação da história dos continentes. A similaridade faunística entre o norte maranhense e o norte africano em meados do Cretáceo, nos ajuda a entender que um dia estes continentes já estiveram unidos em um único bloco de terra emersa: o Gondwana. “Seria impossível explicar esta similaridade entre as faunas se considerássemos que a posição dos continentes sempre foi a mesma que hoje. Temos que admitir que a África e a América do Sul já estiveram unidas num passado remoto”,  destaca o paleontólogo Manoel Alfredo Medeiros.

O professor Alfredo Medeiros comprometeu-se em mandar um material completo da pesquisa para que o SERAFIM possa estar publicando em breve uma matéria mais detalhada desse assunto tão importante para o entendimento da vida na pré-história.

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