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sábado, 16 de fevereiro de 2013

VAI VEGETAÇÃO, VEM EROSÃO

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Nas últimas décadas, o município de Alcântara-Ma vem se expandindo e alterando o ambiente natural, para torná-lo mais adequado à sobrevivência do projeto do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) – Base para lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) – e o atual projeto consorciado Brasil x Ucrânia – o Alcântara Cyclone Space (ACS). Dos 117 mil hectares de área do município, 62 mil foram destinados na década de 80 pelo Governo Federal para fins aeroespacial. Porém a estrutura física do Centro de Lançamento não compreende 10% desse total (a necessidade do restante da área é para a segurança do raio de lançamento). No entanto, o crescimento demográfico da sede e entorno da mesma, devido a esse empreendimento, faz com que o meio ambiente natural do município sofra um processo acelerado na mudança de sua paisagem cênica, pondo em risco a sustentabilidade da biodiversidade da região, incluindo seus moradores. A falta de estrutura urbana faz com que o município sofra com as ocupações do solo público e áreas protegidas por leis, e isto vem ocasionando o aceleramento na degradação do ambiente natural. 
A retirada indiscriminada da mata ciliar, e areia do leito dos rios alcantarenses, além da ocupação ilegal de Sítios Arqueológicos (Mirititiua, Praia do Barco e Sítio do Nazaré) devido ao inchaço urbano que Alcântara sofre, são os principais problemas que põe em risco a sustentabilidade da diversidade biológica do presente e futuro do nosso meio. A Prefeitura de Alcântara, Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT), Agência Espacial Brasileira (AEB), Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Programa Comunidade Ativa (PCA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Gerência de Estado de Desenvolvimento Social (GDS) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), elaboraram em 2003 o DLIS (Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável) – um Diagnóstico Participativo do Município de Alcântara, mas até hoje não foi aplicado pelos gestores. As questões ambientais até então se resumiam a um “cargo” vinculado à Secretaria de Agricultura (no Maranhão a agricultura não é municipalizada), inviabilizando a função dessa pasta ambiental. Agora, o prefeito eleito Domingos Arakem desmembra essa função da secretaria de agricultura, criando a secretaria de meio ambiente, e transformado a questão ambiental do município de um “cargo” para uma “função”, e assim poder buscar e aplicar os recursos que são disponibilizados para esse fim. Merece todo o apoio da sociedade, pois ganha o município e o povo que aqui vive com os novos projetos que virão para o ordenamento sustentável das comunidades alcantarenses.

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