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sábado, 9 de fevereiro de 2013

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS E ADRO SÉCULO XVIII

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Solidamente edificada no século XVIII pelos escravos da região de Alcântara por meio da irmandade de Nossa Senhora do Rosário, explica a fé depositada na intercessão desta Santa.
Concluída entre 1781 e 1803, a localização escolhida foi de concessão dos poderes públicos em favor da Irmandade, que se comprometeu em cuidar da manutenção do edifício. Templo modesto abriga as imagens, em madeira policromada, de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, o santo preto, adotado pelos escravos como benfeitor, ambas trazidas da antiga Matriz de São Matias, arruinada. A Igreja Possui Nave Principal e capela-mor, separada por arco cruzeiro. Seu interior é simples e sem qualquer ornamentação de relevâncias, destacando-se o altar principal, que se apresenta construído em madeira policromada e ornamentos em folheados de ouro. Ladeiam este altar dois púlpitos independentes e móveis, que sustentam as imagens de São Benedito e São Raimundo, outro Santo de devoção comum das comunidades negras. A fachada apresenta envasaduras com cercadura em massa, frontão, curvilíneo encimado por cruz de ferro e um único campanário coberto por abobada em semiesfera. Adorna o cume da torre o galo de ventos, que representa a vigilância e lembra o arrependimento de São Pedro e cujo canto afugentaria os maus espíritos e todas as calamidades. Complementa a ambiência do conjunto o poço histórico, um dos maiores da cidade e adro da Igreja, ou Largo do Rosário. Este espaço passou nos anos de 2004/2005 por processo de reurbanização e paisagismo, tomando as feições atuais de forma a preservar a ambiência e a visibilidade da edificação. No mês de agosto é palco de uma das mais tradicionais festas de Alcântara, o Festejo de São Benedito, misturando as celebrações e ladainhas católicas com manifestações de cunho pagão e origem africana, como o Tambor de Crioula.

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