Alcântara, como toda área metropolitana da Ilha de São Luis capital do
Maranhão vem sofrendo nos últimos anos um inchaço urbano, consequência do
desenvolvimento regional do país neste início de século
e era cibernética.
Vários fatores sociais surgiram a partir desse fato, tanto no positivo quanto
no negativo para o município de Alcântara (onde o Governo Federal desenvolve o
maior projeto aeroespacial da América Latina, o Cetro de Lançamento de
Alcântara – CLA).
Sabe-se que uma sociedade para fluir precisa seguir normas e regras, só
através desse ordenamento social é que poderemos pensar em estabilização do
nosso meio.
No Brasil, além da Constituição Federal temos vários Códigos, criados e
“usados” por instituições
regulamentadoras e normalizadoras das Leis Nacionais. E lá está no Artigo 5º da
nossa Carta Magma (os mandamentos do brasileiro), que todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza. Porém o sistema econômico que domina
a atual sociedade e que prega o consumismo, até por uma questão de
sobrevivência desse sistema, vêm facilitando a acessibilidade e a realização de
vários sonhos de consumo na grande massa populacional. Um desses “sonhos” são
os ciclomotores e motocicletas, em Alcântara não é diferente. No entanto o
(CTB) Código de Trânsito Brasileiro (válido em todo território nacional) e que
tem a responsabilidade do ordenamento no transito, não vem sendo aplicado ou
pelo menos planejado na forma de prevenção de acidentes (com educação para o
trânsito), já que existe um Departamento de Trânsito Municipal e agente
(material humano) concursado.
Não é preciso termos pesquisas de estatísticas para saber que com o
aumento da densidade demográfica do município, e que a acessibilidade aos
automotores fez com que Alcântara nessa área (trânsito), está literalmente
correndo solto e os condutores achando que as motocicletas são RED BULL e que
vão lhes dá asas. Onde é comum você encontrar em pleno centro da cidade pessoas
pilotando suas motocicletas sem capacete, com sandálias de dedo, andando de
três e o caso mais preocupante são crianças pilotando motocicletas sem o mínimo
equipamento de segurança ou qualquer noção de trânsito, transformando esse
transporte utilitário em uma arma suicida para “ele” e mortífera para os
pedestres. Também não é preciso fazer levantamentos sobre as consequências
desses atos irresponsáveis, toda semana vivenciamos acidentes em sua maioria
com vítimas fatais e famílias consoladas ou transtornadas com o DPVAT (o seguro
de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores em Vias Terrestres).
Através do ordenamento é que esses condutores podem avaliar o que
fizeram o que fazem ou o que deixaram de fazer, os acertos e os erros. Mas a
verdade é uma só: o que passou ficou para trás e não podemos fazer o tempo
voltar; o que podemos fazer é olhar daqui para frente. Porque para muitas
pessoas, entra ano, sai ano, tudo segue igual? Não há mudanças, inovação,
crescimento ou melhorias. Alcântara cresce, mas seu povo não! E isso só
acontece quando a pessoa não quer se dar ao trabalho de pensar. Pensar? Sim.
Pois é mais fácil dizer para nós mesmos: ISSO NÃO É PROBLEMA MEU. Agora,
pensando bem! Alcântara não pertence mais ao Brasil?
Stênio
Silva (Técnico em Meio Ambiente)
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