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sábado, 27 de julho de 2013

EMOÇÃO, FRIO E MAIS CAOS NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

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Polícia calcula presença de 400 mil, contra um milhão apontados pela organização

Emoção, frio e mais caos na Jornada Mundial da Juventude

A abertura da Jornada Mundial da Juventude sucedeu no Rio de Janeiro mas não contou com a presença do Papa Francisco
Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no Brasil 
Uma imensa multidão, calculada pelos organizadores em um milhão de pessoas, e pela polícia em 400 mil, enfrentou chuva e baixas temperaturas no dia mais frio do ano na cidade do Rio de Janeiro e participou com emoção e muito entusiasmo na abertura oficial da Jornada Mundial da Juventude(JMJ).

A cerimônia, precedida por apresentações de vários famosos artistas e de corais católicos, começou ao início da tarde e prolongou-se pela noite de terça-feira nas areias da Praia de Copacabana, zona sul da capital carioca, e não contou com a presença do Papa Francisco. O Sumo Pontífice descansou da longa viagem que realizou desde o Vaticano e aproveitou para se preparar para a viagem desta quarta-feira até Aparecida, no estado de São Paulo, onde rezará a missa na Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

O cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, que presidiu à cerimônia, emocionou os fiéis e peregrinos ao dedicar a missa de abertura às vítimas da discoteca “Kiss”, no sul do Brasil, onde em Janeiro passado 242 jovens morreram num incêndio. A missa foi também dedicada às vítimas de dois massacres ocorridos na cidade do Rio de Janeiro há 20 anos: a chacina da Candelária, onde oito menores que viviam nas ruas foram executados durante a madrugada por agentes da polícia, e a chacina de Vigário-Geral, quando 21 habitantes daquela favela foram mortos a tiro por homens encapuzados, presumivelmente também polícias.

D. Orani exaltou a importância da JMJ, realçando a presença no Rio de Janeiro de peregrinos de mais de 160 países, e as suas demonstrações de devoção e amor a Cristo.

Tratando-se de um evento internacional, a diversidade de nacionalidades foi aceita pela organização e a leitura de trechos bíblicos foi feita em diversos idiomas. No palco montado na praia, sobre a qual a chuva caiu insistentemente até o final da cerimônia e sob um frio que os cariocas não sentiam há muitos anos, D. Orani foi auxiliado por 1500 padres, bispos e outros religiosos de todo o mundo, enquanto 80 jovens com bandeiras representavam países de todos os continentes.

NOVO DIA DE CAOS

Depois do indescritível caos que foi a chegada do Papa Francisco ao Rio de Janeiro na tarde de segunda-feira, quando quase não tinha segurança para protegê-lo e o governo municipal se “esqueceu” de fechar ao trânsito as ruas por onde o Sumo Pontífice ia passar, deixando-o no meio do congestionamento, nesta terça-feira novas e absurdas falhas complicaram a vida dos peregrinos.

Além de novas falhas na segurança, cujo sistema a presidente Dilma Rousseff garante que estão empenhados mais de 30 mil homens, os serviços municipais de transporte não funcionaram, não se sabendo se por boicote ou incompetência.

Antes do início da cerimônia, o metropolitano, transporte a que o governo do Rio incentivou os peregrinos a usarem, parou por quase duas horas, alegadamente por falta de energia. A multidão que sobrelotava as composições enquanto a energia faltou teve que ir a pé, no escuro, até à estação mais próxima, pois os geradores de energia de emergência também não funcionaram.

O CAOS CHEGOU COM O FINAL DA MISSA

No final da missa, depois das 22 horas locais (02h em Portugal), o caos massificou-se quando a gigantesca multidão que assistiu à abertura da JMJ tentou voltar para os locais onde está alojada. Os transportes públicos, além de não terem tido o seu número reforçado para a ocasião, eram ainda menos do que o normal, circulando com grandes distâncias entre eles e lotados.

Peregrinos do mundo inteiro, que mal conhecem a cidade, foram forçados a longas caminhadas a pé pelas principais vias da cidade, trafegando perigosamente no meio dos carros, pois, mais uma vez, o trânsito não foi fechado.

Quase sem se ver um policial, muito menos um dos militares anunciados por Dilma, as pessoas juntavam-se em grandes grupos para tentarem evitar serem vítimas de criminosos enquanto caminhavam.

Em alguns pontos, voluntários tentavam minimizar a situação, parando carros particulares e pedindo aos motoristas que levassem os peregrinos que pudessem até aos locais onde estão hospedados.

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