
Não são dezenas, tão pouco centenas, são milhares de pessoas que pularam para um imenso barco em busca da terra prometida, mas a realidade está se tornando um pesadelo na ilusão dos seus sonhos. Fazem protesto e exigem explicações do comandante.


Dia 28/08 quarta feira, lideranças e moradores de várias comunidades do município de Alcântara bloquearam a Ma 106 nas proximidades da entrada do polo de Santa Maria, aproximadamente 8Km da sede do município. O motivo principal da manifestação está relacionado à falta de merenda e transporte escolar para os filhos dessas comunidades, além do péssimo estado físico da maioria das escolas da zona rural do município. “Desvalorizei o que tinha de mais valor na vida, o meu voto”.Dizia uma das manifestantes e mãe de aluno. “paguei caro ao pular para dentro de um barco que já está parado a mais de 8 meses, queremos uma explicação do comandante, não de marinheiros de 1ª viagem”. Falou aos representantes do prefeito encarregados de dar e levar os recados. As discussões eram muitas, porém os manifestantes mantiveram-se firmes com seus objetivos, até mesmo depois da chegada dos policiais que assumiram o rumo das negociações, já que os manifestantes não queriam acordo com os vários vereadores que tinham se dirigido até o local no intuito de apaziguar os ânimos dos manifestantes e, que só pioravam a cada fala que tentavam.



Emquanto isso as duas vias (entrada e saída única por via terrestre) da rodovia enfileiravam-se carros e motocicletas diante da barricada feita pelos manifestantes. Após várias idas e vindas dos emissários do prefeito até a sede do município, os manifestantes concordaram em formar uma comissão representativa do movimento, que iria até o gabinete do prefeito tentar um acordo de solução dos problemas apontados por todos, mas combinaram que só desbloqueariam a rodovia após a volta dessa comissão com um acordo assinado pelo gestor. O prefeito Domingos Arakem junto com alguns dos seus secretariado e assessores, recebeu em seu gabinete a comissão representante das comunidades. Após alguns minutos a comissão saiu do gabinete do prefeito com o acordo e a promessa que suas reivindicações serão atendidas num prazo máximo de um mês. Sem alternativa, a não ser de esperar, os manifestantes liberaram a Ma106 por volta do meio dia. O que marcou essa manifestação foi que a grande maioria dos representantes e moradores das comunidades presentes e responsáveis pelo protesto, era unânime em afirmar e admitir, que votaram no grupo gestor atual do município, mas que a mudança ou a nova história só aconteceu para o grupo político, para as comunidades e seu povo nem a velha história restou, já que ao paginarem as folhas do livro apresentado como sendo o manual da nova história, só encontram páginas em branco ou com outra história que não é a sua. Esse sentimento humano deixou transparecer um dos manifestantes em conversa mantida com alguns de seus companheiros: -”Nós precisamos é fazer nosso próprio barco e, não ficar pulando em qualquer barco que aparece, Noé é que fez o certo”! Convidou todos a fazerem a Arca que os salvariam da catástrofe do dilúvio; quem quis? Ninguém. Que fez Noé? Levou só os animas. Bem feito! Argumentou. Aquelas palavras demonstravam o preenchimento humano daquele Ser outrora vazio ou oco, igual aos que pereceram com a vinda do dilúvio ao qual se referia da passagem bíblica, onde só se salvaram Noé e os humanos que o ajudaram a construir a Arca e, os animais levados por eles. As pessoas que ali estavam não demonstravam o sentimento de revolta que geralmente é motivado pela emoção, nem quando provocados por partidários do governo que os acusavam de manifestantes políticos partidários e outras mais. Exigiam seus Direitos constitucionais usando a razão e chamando à atenção (de forma consciente do ato praticado), tirando o Direito de ir e vir das pessoas e, tentando assim fazer com que entendam e sintam como é indignante a retirada dos direitos humanos de um povo. Estão de parabéns essas comunidades, não por acordarem de um sonho ou de um pesadelo, mas por perceberem-se Humanos. Por conta de interpretação equivocada sobre muito do que Cristo falou durante sua curta permanência na crosta terrestre difundiu-se entre muitos, a falsa ideia de que Jesus veio nos salvar pagando os nossos pecados na cruz. Seria essa, segundo tais interpretações a sua missão em nosso planeta. Tal ideia, se verdadeira, seria uma inominável injustiça, pois admitiria como correto que alguém, sobretudo quem só fez o bem, como Jesus, que não tinha sequer uma nódoa – pagasse pelos erros dos outros. Em nenhum momento ELE disse que veio pagar os nossos pecados. Sua tarefa na verdade, foi ensinar o que fazer e como nos comportar para assegurar a nossa evolução, já que o mundo estava quase completamente dominado pela materialidade, deixando-se conduzir pelos instintos da animalidade, que distanciava da espiritualidade. Jesus não apenas revelou a vida futura, mas ensinou o caminho que nos conduz até lá. Deixou para seguirmos a estrada, o mais perfeito Código Moral da Humanidade – Que está aberto aos homens de boa vontade. Os que os outros dizem, não passam de falsas promessas.
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