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sábado, 10 de agosto de 2013

JULHO FOI DO FRANCISCO, E AGOSTO? SERÁ DO BENEDITO?

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O mês de julho, todos estavam focados para a visita do Papa Francisco ao Brasil para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), onde reuniu milhões de pessoas em sua maioria jovens de todos os continentes, durante os dias em que passou em nosso País.

O Papa fez fortes críticas ao sistema dominante e opressor do capitalismo que visa sempre o lucro, individualizado as pessoas e matando suas culturas. Francisco pediu a todos mais humanidade e amor ao próximo. 

O mês de julho também será lembrado como o mês de Francisco a partir deste ano.

Agosto chegou, e em Alcântara é a vez do Benedito. Todos os anos no mês de agosto são realizados o festejo de São Benedito, em noites de luar. A festa é celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, com duração de quatro noites, sendo o Largo da Igreja ornamentado com balões e bandeirinhas. 

Todas as noites tem tambor de crioula das comunidades quilombolas do município. 

Quinta feira dia 15 início das comemorações, no domingo pela manhã, são distribuídos pão e farinha para as crianças e velhos carentes (segundo a tradição); à tarde tem procissão com o Santo, pelas ruas da cidade e durante a noite, além do tambor, têm peças de fogos, dando maior brilhantismo ao festejo; segunda feira, o ultimo dia, é a vez dos pescadores prestarem suas homenagens a São Benedito. 

Tambor de Crioula
O tambor de crioula é forma de expressão de matriz afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão de tambores. Seja ao ar livre, nas praças, no interior de terreiros, ou então associado a outros eventos e manifestações, é realizado sem local específico ou calendário pré-fixado e praticado especialmente em louvor a São Benedito.

Essa manifestação da cultura popular maranhense não tem uma época fixa de apresentação, mas pode-se observar uma concentração maior nos períodos que correspondem ao carnaval, às festas de São João e a partir do 2° sábado de agosto, quando ocorrem também as rodas de bumba-boi. Tradicionalmente, toda a festividade de bumba-meu-boi é encerrada com um tambor de crioula.

Consta que, em seus primórdios, as brincadeiras de bumba-meu-boi e o tambor de crioula aconteciam sempre juntas, eram práticas interligadas. E que ainda hoje não há matança de boi, sem uma roda de tambor de crioula em seu encerramento. Atualmente, vários praticantes de uma manifestação também o são da outra.



Os tocadores e cantadores, também denominados coreiros, são conduzidos pelo ritmo incessante dos tambores e o influxo das toadas evocadas, culminando na punga (ou umbigada) – movimento coreográfico no qual as dançarinas, num gesto entendido como saudação e convite, tocam o ventre umas das outras. Essa forma de expressão, com seus movimentos de corpo e a polirritmia dos tambores o caracterizam como pertencente à família do samba.

São Benedito, “O Santo Mouro”  Confessor da Fé  1526 – 1589.
Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.
Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres.
 Tinha vinte e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.
Por volta de 1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo, começando por trabalhar na cozinha.
Em 1578, eles precisaram de um novo guardião (título dado ao superior), e Benedito foi o escolhido, apesar de ser leigo e analfabeto. Ele só aceitou o cargo depois de compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.
A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade.
Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.

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