Os alunos da zona urbana e rural do município de Alcântara precisam se submeter a uma verdadeira via crucis (debaixo de sol ou chuva) para chegar até a escola. É comum vermos na Ma. 106 ou nas estradas vicinais do município, alunos em romaria como se fossem peregrinos romeiros.
Além da vergonha e do escândalo moral que esta
situação representa para a sociedade alcantarense, estas cenas demonstram que
os fatores de agravamento da situação já estão atuando no presente. Com tantas
carências em sua fase de “desenvolvimento”, as crianças de hoje serão adultos
menos preparados para construir um futuro melhor.
Outro fator de preocupação, que agrava a
situação presente e ameaça o futuro, é o grande índice de analfabetismo.
Pobreza e miséria estão habitualmente ligadas à ignorância e analfabetismo. A
falta de instrução compromete a renda pessoal e familiar, além de afetar o
desenvolvimento geral do município.
O baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
no município é decorrente destes altos índices de ignorância e analfabetismo e,
como consequência faz com que grande parte da população economicamente ativa de
Alcântara seja mão de obra sem qualificação profissional. Sua produtividade é
baixa e as condições salariais são péssimas, facilitando a exploração e
dificultando a melhoria das condições de vida do alcantarense.
Esta situação de injustiça social vem sendo
agravada também pela incompetência do governo no ataque às causas do problema,
e pela corrupção, que coloca interesses pessoais acima dos interesses públicos.
Imensas somas de dinheiro são gastas em
tentativas de minorar o sofrimento das camadas mais pobres. Mas, além de não
atacarem os males pela raiz, tais tentativas esbarram sempre na incompetência
dos governantes e nos gastos com repartições desnecessárias e funcionários
ociosos. Isto, sem falar na corrupção e na desonestidade que desviam os
recursos destinados aos mais necessitados, para o benefício de privilegiados
corruptos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos no
Artigo 8º diz: “Toda pessoa tem o direito a receber dos tributos nacionais, COMPETENTES REMÉDIOS EFETIVO para os
atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei”.
Ao distribuir PLACEBO (aparência de remédio, mas sem efeito de cura) aos
estudantes, os gestores além de irem de encontro à nossa Constituição, estão
indo também de encontro aos Direitos Humanos.
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