A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída no séc. XVII pela Ordem
dos Carmelitas está situada no coração do Centro Histórico da cidade, a Igreja
do Carmo figura, certamente, como um dos principais monumentos religiosos do
Maranhão. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, desde 1948, a Igreja já
passou por várias reformas, porém sua realidade atual é de péssimo estado de
conservação, a escada que dá acesso à torre do sino está completamente
deteriorada, ocasionando o silêncio do mesmo. O descaso do IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural Nacional) para com o acervo tombado
em Alcântara é percebido por muitos, mas providências tomadas são poucas ou nem
uma. Atualmente o IPHAN limita-se a “situações localizadas” com moradores da
área tombada e que precisam adequar suas moradas aos padrões de vida atual
(obs. Adequar, não transformar), deixando suas funções macros de conservação e
preservação dos monumentos histórico a
desejar. A cidade tem um grande potencial turístico por toda diversidade que
possui (está dentro de uma (APA) Área de Preservação Ambiental Das
Reentrâncias Maranhenses – Área
quilombola, com Fórum privilegiado na Constituição Federal – patrimônio
nacional desde 1948 – mais da metade do território tomado pelo Governo Federal
para fins aeroespacial, onde vem desenvolvendo o maior empreendimento
brasileiro o CLA – Centro de Lançamento de Alcântara), mas nunca foi e nem vem
sendo explorado de forma adequada e assim poder gerar desenvolvimento na
região.
O som dos sinos das igrejas, dos tambores nos rituais afro, do toque das
caixeiras do Divino... Por muito guiaram a comunidade alcantarense nos
acontecimentos culturais e religiosos locais, esses sons já estão enraizados e
fixados na cultura alcantarense. Silenciar o sino da Igreja do Carmo é vetar a
comunicação secular de uma comunidade sem disponibilizar uma alternativa
aceitável... É uma espécie de extermínio cultural.
0 comentários:
Postar um comentário