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sábado, 18 de maio de 2013

APESAR DA CONCORRÊNCIA, A COROA É DO DIVINO

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”Nada é estático, tudo se renova”! Quando a renovação atinge o seu ápice surge a transformação, porém esse processo transformista vem a acontecer depois de um longo período de eliminação ou incorporação de elementos no todo. A aceleração do processo de mudança é onde se processa o erro, a introdução acelerada de novos elementos nos eventos culturais vem ocasionando uma espécie de concorrência do sistema econômico para com o cultural. Podendo não estar adequando o evento cultural à nossa realidade atual, mas provocando sua morte existencial, ficando viva só a lembrança no imaginário daqueles que ainda tem o prazer de participar do evento e desfrutar da essência da originalidade dessa celebração como sujeitos pensantes e atores principais dos acontecimentos.

O Festejo em homenagem ao Divino Espírito Santo em Alcântara-Ma se diferencia de todas as outras celebrações realizadas no Brasil para homenagear o Divino Espírito Santo. Em Alcântara quem é venerada é a “Santa Croa”, ou seja, a coroa. Já nas outras celebrações realizadas para o Divino geralmente a veneração é para a pomba branca, até nos cultos afros, onde o Divino é celebrado. 

A “Santa Croa”, venerada em Alcântara pertence ao Divino desde o surgimento da celebração de fé ao Divino em Portugal, onde se originou. Simboliza a coroação do Imperador, mas, acima de tudo sua doação ao Divino Espírito Santo como pagamento de promessa e graça alcançada, para ser transformada em alimentos e donativos para os menos favorecidos. Surgindo daí e expandindo-se a fé e devoção ao Divino por todas as colônias portuguesas... Em Alcântara já perdura a mais de 200 anos. E A ADORAÇÃO NUNCA FOI PARA A COROA DO IMPERADOR, MAS SIM PARA A DO DIVINO ESPÍRITO SANTO. Essa comemoração sempre visou uma integração social na devoção e fé, objetivando a humanização e a socialização dos sujeitos envolvidos. No decorrer da celebração é bem visível essa mensagem de AMOR, PAZ E RESPEITO AO PRÓXIMO.

Crescimento econômico não significa desenvolvimento social. Uma comunidade só se desenvolve através do respeito para com a cadeia da sustentabilidade social, cultural, política, econômica, religiosa, familiar e ambiente natural do seu habitat.

Incorporar elementos novos, criados e desenvolvidos para o sistema atual “capitalista”, visando a obtenção de lucros e desprovido de uma dinâmica construtiva, onde a mensagem ou palavra de ordem é: HOJE NINGUÉM É DE NINGUÉM! Transforma todo o ritual e a mensagem harmônica que o festejo nos remete ao participarmos dele. Em uma região onde as estatísticas comprovam como sendo uma das mais baixas em (IDH) Índice de Desenvolvimento Humano do país, não podemos aceitar a justificativa de que: “É isso que o povo gosta e quer”, pois se houvesse desenvolvimento desse povo “ELE” logo saberia que ESSA ALEGRIA É PASSAGEIRA. O desenvolvimento social surge quando aqueles que estão à frente dessa missão buscam acontecer aquilo que o povo precisa para crescer e não para esquecer. Não desenvolveremos sustentavelmente se tivermos suprimindo outros ambientes, o Festejo do Glorioso Divino Espirito Santo em Alcântara não pode ser usado como material de marketing econômico. CONSERVAR = PRESERVAR ----- RENOVAR # TRANSFORMAR.

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