O ensino, como componente do sistema social, é influenciado pela nova situação da mesma forma que o sistema social o é. Se pensarmos sobre isso, será fácil deduzir que a tentação de influir sobre o sistema escolar do município é algo lógico, mas o possível risco em relação ao ensino está “na sua urgência.” A desconsideração total das possibilidades da nova realidade, fruto de situações derivadas da nova gestão, e ou das “burrocracias”. A urgência a que me referi que propicia a incorporação precipitada de novo modelo, diante da falta de planejamento e conhecimento, são reproduzidos critérios administrativos próprios de situações anteriores. E para o alcantarense, se ouve alguma mudança “podem ser conhecidas como versões de padrões anteriores”. Já estamos chegando ao meado do mês 05, e a grande maioria do alunado alcantarense matriculado nas escolas públicas municipais está impossibilitada de desenvolver seus estudos. Muitos estão locados em espaços improvisados e sem a mínima estrutura física para esse fim; os poucos que tem transporte escolar sujeitam-se a transportes inadequados, e a grade maioria nem esse os tem; a merenda escolar para aqueles que estão conseguindo chegar até o seu local de estudo, até hoje não chegou! Em várias comunidades os alunos ainda não tiveram um dia sequer de aula (por falta de acessibilidade) ou de responsabilidade?
Pior é a situação daqueles que precisam de tratamento diferenciado, o caso dos portadores de deficiências e que tem necessidades especiais (protegidos por leis específicas), mas que não estão sendo respeitado os seus direitos. O poder do Governo e dos governantes é limitado pelas normas morais, pelas leis e pela Constituição.
A educação é um bem comum necessário para o desenvolvimento humano e a razão de ser dos poderes públicos. Os governantes devem promovê-lo respeitando seus elementos essenciais e adaptando suas exigências as atuais condições históricas... Todos os membros da sociedade devem participar do bem comum... Por razões de justiça, os poderes públicos devem ter especial consideração para com os membros mais fracos da comunidade, os que se encontram em posição de inferioridade para reivindicar e cuidar de seus legítimos interesses... É necessário que os governantes se empenhem a fundo para que o desenvolvimento econômico corresponda o progresso social. A MUDANÇA ESTÁ NO QUALITATIVO, NÃO NO QUANTITATIVO. A educação alcantarense não pode resumir-se a contagem de cabeça de alunos, mas no desenvolvimento intelectual dessas cabeças.
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