LUZ, CÂMERA, AÇÃO!

A Semântica argumentativa dos pressupostos e dos subtendidos usada pelas autoridades que lotaram de alcantarenses o plenário da Câmara de Vereadores na última quinta (21), com a Audiência Pública para tratar a questão da segurança do Município, deixa os espectadores só na esperança da mudança.

Secretário de Estado da Segurança Aluísio Mendes, Deputados Estaduais e Federais, Prefeito Municipal e outras autoridades locais, formaram a mesa de discussões para tratarem da melhoria dos serviços relacionados à Segurança Pública do Município. Por toda a manhã até o início da tarde foram feitos argumentos, e propostas para que Alcântara e seus moradores voltem a ter paz.

Apesar de sabermos que muitos políticos ali presentes estavam como em outras ocasiões em que por estas terras tapuias passaram “em busca de votos”, aproveitando a ocasião e aproveitando-se de seus amigos e, com a maior cara de Pinóquio, simulam estar interessado em solucionar o problema do Município, quando na verdade estão mesmo é na caça dos votos para o ano que vem, o público presente aplaudia divertidamente os discursos. É preciso que a população fique bem alerta com esses “salvadores da pátria” que irão começar por aqui aportar.

Várias foram às promessas feitas como: Uma moto viatura – recuperação da viatura parada – aumento no número do efetivo e outras mais.

Quase todos buscaram as realidades do aumento da criminalidade vividas em outros centros do País, para justificar que não estamos tão mal assim. Em resumo falam mal dos outros para dizer que estamos melhores.

Não adianta medir forças em confrontos, deixando os cidadãos de bem no meio do fogo cruzado, nesse caso realmente estamos melhores. É necessário que os governantes se empenhem a fundo para ao Desenvolvimento Econômico corresponda o Progresso Social. E que se desenvolvam os serviços essenciais, como: construção e recuperação de estradas, transportes, comunicações, moradia, água potável e, como o próprio Secretário de Segurança falou: “A maior porcentagem na divisão dos Repasses ficam para a Saúde e para a Educação, restando muito pouco para a Segurança”. Que esses repasses de dinheiro público sejam investidos com planejamento, pois será mais difícil curar a doença, que evitá-la.

“Nos pressupostos e nos subtendidos, o locutor exime-se da responsabilidade do dizer, já que o pressuposto não se põe em discussão, é dado como fato, e no subtendido a responsabilidade é de quem interpreta o dizer”. (CARMO, Ibid. P. 60).

Sem pressupostos ou subtendidos, mas explícitos foram os moradores que, cansados de conviver com tanta criminalidade foram firmes na exigência dos seus Direitos. Agora é só não ser acometido de amnésia e cobrar o que foi acordado nessa Audiência Pública.