Alcantarenses comparecem em grande número ao cemitério de São Benedito para homenagear seus mortos no dia de finados
Várias foram às pessoas que compareceram no dia de finados (02) ao cemitério de São Benedito em Alcântara para velarem seus mortos e ao mesmo tempo zelar pelos jazigos. Durante todo o dia via-se cenas de pessoas capinando, reformando ou pintando o lugar eterno dos seus entes. Foi grande a movimentação onde flores e velas foram trazidas até os túmulos, simbolizando esse dia que remete a tantas lembranças daqueles que se foram para outra vida, mas que para os seus ficaram as lembranças eternas.
HISTÓRICO DO CEMITÉRIO
Não podemos localizar informações mais precisas sobre a fundação do cemitério de São Benedito, antes da sua fundação apenas existia na cidade o cemitério ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde eram enterrados somente os negros pertencentes à dita Irmandade.
O cemitério criado por volta de 1845, já em 1864, era administrado pela irmandade de São Benedito; não podemos afirmar ter sido esta Irmandade à zeladora do cemitério quando de sua fundação. Supomos que em 1880 foi realizada uma reforma provavelmente na capela, nos muros e nas grades do cemitério – de acordo com a data em relevo no portão que ainda hoje guarda a entrada do campo santo.
Sabemos que com a construção do cemitério não cessaram os enterros nas igrejas, em especial os enterros de pessoas ricas e politicamente poderosas; na Igreja de Nossa Senhora do Carmo existem lápides datadas de 1872, porém temos também certeza que o cemitério de São Benedito não foi ocupado apenas por pessoas de esferas sociais menos privilegiados, foram enterradas várias pessoas de famílias importantes da cidade, como por exemplo: D. Francisca Isabel Viveiros Corrêa, filha do fundador do cemitério, o homem mais rico de Alcântara no séc.XIX; o Brigadeiro José Teodoro Corrêa de Azevedo Coutinho, Barão de Mearim; e Joaquim Mariano Franco de Sá, Tenente-coronel.
No Séc. XX o cemitério foi municipalizado, por volta da década de 30, quando a cidade de Alcântara enfrentava um dos piores momentos da crise em que vivia imersa desde o final do século anterior,e quando também o modelo das Irmandades, em todo o país, já havia entrado em decadência, e estas sido substituídas por novas associações civis com fins religiosos ou não.
Atualmente o cemitério de São Benedito ainda funciona administrado pela prefeitura municipal de Alcântara, constituindo-se no único da cidade.
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