RUÍNAS DA IGREJA MATRIZ DE SÃO MATIAS
RUA DAS MERCÊS, ESQUINA COM RUA GRANDE-SÉC. XVII
Erguida antes de 1648 no local onde já havia existido uma capela construída pelo índio Maretin e uma igreja em homenagem a São Bartolomeu. Na virada do séc. XIX para o séc. XX já estava em ruínas e ameaçava desabar. Parte da Igreja teria sido derrubada por ordem do escritor Sousândrade, que morava num casarão na praça e tinha sua vista da paisagem atrapalhada pela torre. Pode-se afirmar com certeza que já no século XVII ali estava a Matriz da freguesia de São Matias, segundo relata viajantes deste período, sendo sua construção atribuída a um dos primeiros governantes, Matias de Albuquerque, como fizera em outras localidades. Apresenta fachada colonial simétrica, exceto pela presença de apenas um campanário no lado esquerdo, com frontão curvilíneo encimado por cruz de ferro e abertura de óculo central. A portada principal apresenta-se em cantaria lioz, composta por frontão também em pedra, com medalhão, almofadas e cornija, todos lavrados numa só peça. De suas características enquanto edificação íntegra pouco são os registros iconográficos existentes. Segundo Antonio Lopes, cronista e historiador da primeira metade do século XX, da Matriz de São Matias, “foram retiradas inúmeras imagens, algumas delas antiguíssimas, e transferidas para a Igreja do Carmo, antes que ruísse (...) o telhado”. Além das ruínas de sua fachada principal, algumas partes das paredes laterais da nave e registros arqueológicos estima-se que o templo ocupava aproximadamente 1/3 da área total da praça, possuindo suas empenas limítrofes a três das laterais da mesma. Desta implantação resulta, possivelmente, a denominação de Beco Escuro à passagem situada no que seria os fundos da antiga Igreja.
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